sábado, 17 de setembro de 2016

A VIDA DE UMA GAROTA DA SÍRIA QUE MORA NO BRASIL

Olá maravilhosas, tudo bem com vocês ?
O assunto de hoje é sobre uma garota da síria que mora no brasil e chamaram ela de terrorista.
Então a síria para quem não sabe é uma cidade bem violenta e tem gente lá fazendo de tudo para ir morar em outra país, por conta das guerras que está acontecendo lá, é tão violento que é considerada uma "pequena guerra mundial".
Mas oque significa refugiados ?
Refugiado é qualquer pessoa que, devido perseguições e a violência excessiva em sua terra natal, é obrigada a deixar seu país de origem e pedir refúgio em outro.
Então a Hanan Daqqah tem 12 anos, e sua família estão entre os quase 2.300 refugiado Sírios que moram no Brasil.Talvez você já viu ela em algum site ou jornal, é porque ela foi uma das pessoas escolhida para segurar a tocha olímpica em Brasília. Represanto e homenageando os mais de 60 milhões de refugiados em todo o mundo ! 
E ela viveu três anos no campo de refugiados na Jordânia. E completa 13 anos em Novembro.
Na Síria, sua família era intimidada todo dia pelo governo e por grupos que controlavam sua cidade. Seu irmão Mustafá, de 16 anos, chegou até a ficar meses sem sair de casa por causa das ameaças de morte. Tudo isso porque seu pai ajudava pessoas inocentes a fugirem do país. A história de Hanan Daqqah se assemelha e muito com a de Malala Yousafzai. A garotinha síria, inclusive, precisou parar de frequentar o colégio, assim como Malala, porque sua escola tinha um posicionamento contra o governo sírio. Hanan Daqqah: “Eles sabiam que ninguém da escola gostava do presidente, aí eles [autoridades] começaram a cortar os dedos das crianças que estudavam lá e até começaram a roubar alguns alunos"

A pequena síria ficou cinco anos sem estudar e falou que a realidade no campo de refugiados da Jordânia não foi muito diferente. “Lá tinha escola, mas a professora ficava falando no celular e passando maquiagem, ela não ensinava nada. Então, nós tinhamos que aprender sozinho”, fala a jovem. As condições de vida também eram ruins: o acesso a água potável e saneamento básico era pouco, para não falar nulo. Hanan conta que tinha que caminhar todos os dias durante mais de dez minutos para pegar um pouco de água.

Felizmente, com a ajuda de um tio que já havia obtido refúgio no Brasil, Hanan e sua família conseguiram seus vistos humanitários e foram para um pequeno apartamento na capital paulista. A garota aprendeu português nas aulas de língua da Missão de Paz e ficou fluente rapidamente após começar a frequentar a quinta série em uma escola no centro de São Paulo.

Ela falou que conheceu algumas meninas sírias aqui em são paulo que chamaram umas brasileiras de p%t@, porque elas estavam usando short curtinho, e falou: que tinha achado idiota. E que nunca seria amiga dessas meninas. Para ela, cada um pode vestir o que quiser. Mas então Hanan Daqqah não precisará usar o hijad (lenço que muitas mulheres islâmicas usam na cabeça)? Os pais da adolescente deixam essa decisão com ela:" Eles sempre deixaram claro que a escolha é minha. E eu acho lindo e elegante! Só estou esperando eu crescer mais um pouco para começar a usar”, ela fala...


No momento, entretanto, o estilo da Hanan é igual ao da maioria das brasileiras de sua idade. Mas, também, ela parece passar boa parte do tempo em colans e roupas de ginástica. A síria pratica diversos esportes, como ginástica artística e ballet. Mais do que tudo no mundo, a garota quer e se tornar uma ginasta profissional e, com apenas alguns meses de aula, já dá um show de elasticidade e coordenação.
Não foi nada complicado para Hanan se sentir em casa no Brasil: “Normalmente, as pessoas são bem legais comigo, mas há alguns dias me chamaram de terrorista e isso me deixou bastante triste,”  Não é para menos! 
Fã número um de brigadeiro, Hanan agora não se imagina mais voltando a viver na Síria. Ela, assim como toda sua família, ama o Brasil, os brasileiros e a enorme mistura que compõe nosso país. Uma mistura que acolhe diferenças culturais, que permite que uma garota síria se sinta também brasileira e à vontade de ser e usar o que quiser, seja shorts ou hijab.

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